Alter do Chão, é uma pacata vila alentejana, tipica na sua arquitectura branca,
que se desenvolveu a partir de uma cidade Romana denominada "Abelterium",
com origem provável num castro datado da Idade do Ferro, não localizado.
Na época romana foi atravessada por uma das três vias militares romanas
que ligavam Lisboa a Mérida, na qual se situavam as Termas hoje em ruinas,
bem como as instalações de muda de cavalos no trajecto da via romana.
Na estação arqueologica "Ferragial d'El Rei" em fase de escavação,
(termas publicas e casa do aristocrata), foi descoberto no triclineo
da habitação, um mosaico romano datado do (séc IV), exemplar único
na peninsula ibérica que tem sido internacionalmente valorizado
pelo seu conteudo e beleza raros de evidência mitologica.
(representação homerica do poema épico grego da "Iliada")
Alter do Chão recebeu a primeira Carta de Foral do Rei D.Sancho II (1293) e possui
no seu patrimonio monumental o Castelo medieval reformulado por Dom Pedro I (séc XIV).
A povoação e as suas terras foram feudo do Condestável Dom Nuno Alvares Pereira,
autorgadas pelo Rei Dom João I.
De realçar no Património a Casa Museu "Solar do Álamo" e seus Jardins.
Trata.se de uma casa agricola senhorial do (séc XVII), restaurada pela municipalidade
e recuperada como museu interpretativo da vida senhorial, familiar e cultural à época,
bem como na sua interação com a actividade agricola e os seus assalariados.
Com origem nos primórdios romanos de muda de cavalos na via romana, em Abelterium,
o Rei Dom João V, funda em (1748) a sobejamente conhecida Coudelaria de Alter,
com vista à criação de cavalos de pura raça lusitana para a Picadoria Real.
Hoje em dia funciona em Alter a famosa Escola Portuguesa de Arte Equestre,
a par da Coudelaria de criação e apuramento do património genetico da raça lusitana.
em ligação à Universidade de Évora na vertente agro-profissional de investigação.