Castelo Mendo, tem raízes proto-historicas,
Situado na margem esquerda do Rio Côa, terá sido um Castro Lusitano importante,
pela sua localização num esporão rochoso do maciço granitico,
dominante sobre os vales do rio Côa e da Ribeira dos Cadelos.
Foi romanizada, antes de passar a vila medieval estratégica do Reino de Portugal.
Assumiu a sua importancia estratégico-militar durante a Reconquista Cristã
e até 1297 quando foi assinado o Tratado de Alcanices no reinado de Dom Dinis,
que extendeu a linha de fronteira do Reino para este, mais de 30km para lá de Castelo Mendo.
O castelo foi iniciado pelo Rei Dom Sancho I e recebeu Carta de Foral do Rei Dom Sancho II em 1229.
O Rei Dom Dinis reforçou as muralhas bem como e o seu poderio comercial antes de Alcanices.
As suas Muralhas medievais, apresentam duas Torres quadradas góticas, que têm a particularidade
de apresenterem na sua base dois "Berrões", monumentos de cultura pré-romanica.
Os "Berrões" são monumentos mágico-religiosos da Idade do Ferro, de grande raridade.
Trata-se de um casal zoomórfico de javalis (porcos) sem cabeça (focinhos cortados) em granito
que se destinavam a atemorizarem os demónios e bestas que nelas faziam reparo
e que querendo entrar na povoação, tnham assim o poder mágico-religiosa de as afugentar.
Durante a Conquista Cristã, os "Berrões" seriam apelidados de "Pedras de Montar",
pois seria a partir delas que os Cavaleiros com as sua pesadas armaduras
montavam os cavalos de combate.
Importantes são as ruinas românicas da Igreja de São Miguel no campus da muralha externa,
para além do Pelourinho, Tribunal e Prisão hoje restaurados como Museu.